terça-feira, 28 de maio de 2013

VELOZES E FURIOSOS 6

   

                                     

Primeira consideração sobre o sexto filme da franquia Velozes e Furiosos: a açã
o é ininterrupta do começo ao fim da fita. Nem dopado alguém seria capaz de dormir durante a sessão. Talvez seja isso (e só isso) que boa parte dos fãs espera. E se o espectador médio deixará a sala satisfeito com o que viu, por que dar mais a ele? Um script decente, por exemplo.
O longa começa com um racha entre Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) através de um estreita e sinuosa estrada nas montanhas europeias. A cena – totalmente dispensável à trama - serve apenas para dar start (ou off) no cérebro. Os parceiros e o resto do bando movido à velocidade estão espalhados pelo mundo após o lucrativo assalto no Rio, retratado no filme anterior. São chamados à ativa pelo policial Luke Hobbs (Dwayne Johnson), que promete o perdão aos criminosos se estes o ajudarem a capturar Shaw, terrorista vivido por Luke Evans.
Dom, no entanto, está menos interessado em limpar sua ficha e mais em descobrir o que aconteceu à Letty (Michelle Rodriguez), que havia morrido no quarto filme da franquia e foi ressuscitada agora. Ela faz parte do bando de Shaw e parece ter esquecido completamente suas origens, o que Dom vai descobrir da pior maneira ao encontrá-la. Destaque para o sofrível talento dramático de Vin Diesel ao saber que o grande amor de sua vida está vivo. A emoção assoma de seu semblante ao melhor estilo Chuck Norris.
O que vem a seguir é o esperado. Perseguições frenéticas em carrões superpossantes, tiroteios e muita pancadaria. Não há como negar que o diretor Justin Lin sabe conduzir bem essas sequências. Uma em especial, sobre uma ponte, envolvendo até tanque de guerra, é muito bem dirigida e vibrante. Peca em seu final pelo exagero que beira o ridículo. Filmes não têm de ter apego à verdade, mas sim à verossimilhança do que propõem seus enredos. Os heróis de Velozes e Furiosos são bonzões, mas não super-heróis. E pelo que me lembro dos filmes anteriores, Dom não é um X-Men.
O mesmo despropósito se repete no seguimento final. Outra perseguição movimentada que, desta vez, envolve avião cargueiro russo percorrendo uma pista de pouso que, a certa altura, o resquício de raciocínio lógico em nossas cabeças percebe como sendo a maior pista de pouso do mundo. Esses são apenas alguns dos muitos momentos totalmente disparatados da produção.
Como não rir, por exemplo, quando Brian volta aos EUA, onde é procurado, infiltra-se numa prisão onde muitos querem matá-lo e volta a Londres com uma "preciosa" informação que não serve para absolutamente nada. Só para fazer rir. Por mais que se baixe o nível de expectativa diante desse tipo de filme, é difícil de engolir o que se vê na tela.

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