domingo, 18 de março de 2012
PROTEGENDO O INIMIGO
Após hiato de dois anos, Denzel Washington dá o ar da graça e reaparece no thriller Protegendo o Inimigo, do diretor Daniel Espinosa. Em sua cola, literalmente, surge Ryan Reynolds num papel nada comum à sua carreira que, apesar de eclética, coleciona personagens permissivos, cômicos, românticos, porém em sua maioria bobos.
Assinado por David Guggenheim, o roteiro insiste em tema exaustivamente explorado: Washington interpreta o mais perigoso renegado da CIA, que está de volta depois de uma década como fugitivo. Quando o esconderijo na África do Sul onde ele está detido é atacado por mercenários, o inexperiente oficial (Reynolds) foge junto com ele. Agora, os mais improváveis aliados têm de permanecer vivos o maior tempo possível para descobrirem quem os quer mortos.
Embora o elenco seja atraente, a premissa deixa a desejar, caindo no erro da previsibilidade, praticamente logo de início, acabando por se tornar uma diversão mediana que extrai o mínimo de suspense da trama. Ainda assim é possível se conectar aos personagens graças a uma balança maniqueísta que acaba pendendo para o lado menos plausível, conforme as circunstâncias.
Algumas reviravoltas fazem o espectador acordar em certos pontos de chove-não-molha, mas dá para sentir a inexperiência de Guggenheim em alguns diálogos que poderiam ter sido melhor explorados para injetar clímax em algumas situações.
A África do Sul é o pano de fundo para as cenas de ação, necessárias a filmes do gênero. Em uma sequência de perseguição, que se desenrola em meio a uma favela, a dose de quebra-pau obrigatória acontece da melhor forma, com Denzel à vontade quebrando pescoços e atirando a esmo.
Protegendo o Inimigo é um longa de história rasa e superficial, que irá agradar apenas aos fãs do “Dorian Gray negro” e àqueles que gostam de um thriller policial para passar o tempo. Mas não esperem nada de tirar o fôlego.
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