Ator aceitou desafio de entender e humanizar o polêmico jogador do Botafogo.
Heleno, com Rodrigo Santoro e Alinne Moraes, estreia nesta sexta-feira (30)
Rodrigo Santoro foi desafiado por Heleno de Freitas. O intempestivo jogador, mito das décadas de 1940 e 1950, incomodou o ator. Tantas polêmicas, drama e complexidade levaram Santoro a embarcar em uma viagem árdua para desvendar o homem por trás do grande amante do futebol – e do Botafogo.
Foram quase cinco anos de pesquisa, captação e investimento pessoal para finalizar o projeto. Finalmente, nesta sexta-feira (30), Heleno, o filme, entra em cartaz no País para mostrar quem era no íntimo o jogador de ego inflado.
Dirigido por José Henrique Fonseca, Heleno traz também no elenco Alinne Moraes, que vive Silvia, a mulher do protagonista. Ao R7, Alinne contou um pouco do clima no set de filmagem, e disse que ficou bastante impressionada com a entrega de Santoro para o papel. Para quem não sabe, o ator precisou emagrecer 12 quilos em 40 dias para interpretar a fase da decadência de Heleno.
— A gente se encontrou no set [de filmagem da internação de Heleno] e a equipe voltava para o hotel. O Rodrigo, não. Ele ficava ali. Quando eu chegava, ele já estava ali. Era o Heleno, eu não conseguia ver o Rodrigo, na verdade. Eu levei um susto... Claro que ele estava com acompanhamento, mas na minha cabeça eu estava diante de uma pessoa doente. Eu fiquei chocada com a entrega, com amor pela arte. É bonito de se ver.
Com orçamento de R$ 8,5 milhões e a ajudinha de grandes nomes, como Eike Batista, o longa em preto e branco promete arrebatar botafoguenses e curiosos. Para José Henrique, o mercado pede um produto deste tipo.
— Foi difícil, foi caro, é em preto e branco, é trabalhoso. Foi um investimento pessoal mesmo para dar certo. Não é um filme aparentemente tão fácil de mercado. Mas a gente acredita que esse vai ser. A gente acredita que o cinema tem que ser plural, não adianta ter só comédia e ação. A gente investiu e acreditou nisso.
Assim como muitos, Santoro só conhecia Heleno por nome. Nem o time do jogador ele sabia. Isso também instigou o ator a encarar esse cara cheio de certezas.
— É um personagem extremamente importante para o patrimônio do futebol brasileiro e que foi esquecido. Ele é um exemplo de vida de excessos. Ele foi alguém que perdeu o equilíbrio e foi consumido por esses excessos. Tem um lado positivo que é uma busca pela superação, comprometimento, entrega, paixão por aquilo que ele fazia. Ele buscava a própria felicidade. Só que a forma como ele fazia talvez não fosse a mais adequada.
Ainda sobre Silvia, Alinne defendeu a relação da mulher com Heleno. O casal teve um filho – e ele, na vida real, fez parte do processo de pesquisa da equipe.
— Eu me entreguei, estava disposta a tudo. Tivemos dois meses de preparação, pesquisas e foi tempo suficiente para entrar neste universo. A Silvia se apaixona no primeiro momento pelo Heleno e acredita muito nos dois. É um amor de mulher forte e bonito de se ver.
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